terça-feira, 28 de abril de 2015

Rodrigo Gularte e mais 6 estrangeiros morreram ao lado de um indonésio.

Integrante da lista, a filipina Mary Jane Veloso, de 30 anos, foi poupada.
Montagem com fotos de seis dos oito executados por tráfico na Indonésia na terça (28): acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashin e Sylvester Obiekwe Nwolise e o brasileiro Rodrigo Gularte 
Além do brasileiro Rodrigo Gularte, seis outros estrangeiros e um indonésio foram executados nesta terça-feira (28) na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados.
Dois australianos e quatro nigerianos também morreram. A filipina Mary Jane Veloso, que também estava na lista, não foi executada, segundo disse à BBC Brasil o advogado de Gularte, Rick Guanwan. O francês Serge Atlaoui já havia tido sua execução adiada por recurso.
Myuran Sukumara, australiano 
Cidadão australiano nascido em Londres de 34 anos, é acusado de ser o líder da quadrilha de traficantes conhecida como "Os Nove de Bali" e foi condenado em 2006.
Andrew Chan, australiano
Considerado integrante de quadrilha “Os Nove de Bali”, Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 quilos de heroína.
Martin Anderson, nigeriano 
Foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004. Tinha 50 anos.
Okwudili Oyatanze, nigeriano
Foi preso em 2001 quando tentava entrar no país, vindo do Paquistão, com 2,5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago. Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 canções e gravou discos de música gospel dentro da prisão. Tinha 45 anos.

Sylvester Obiekwe Nwolise, nigeriano
Foi preso ao tentar entrar no país com pouco mais de um quilo de heroína, que levava em cápsulas dentro de seu estômago. Atraído ao Paquistão por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001. Tinha 47 anos.
Jamiu Owolabi Abashin, nigeriano
É o estrangeiro que há mais tempo aguarda execução. Sua versão é a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin, de 50 anos, disse que só ao chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de cinco quilos de heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em 1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.
Zainal Abidin, indonésio
Único não estrangeiro no grupo que foi executado, Abidin, de 50 anos, foi condenado depois que a polícia encontrou cerca de 60 quilos de maconha em sua casa, em Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em 2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi convertida à pena de morte.

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